Torre do projeto WarkaWater é instalada em comunidade carente na Etiópia e beneficia comunidades carentes. Cerca de um terço da população mundial não tem acesso a água limpa
Um projeto criado na Itália pode ajudar a ampliar o acesso a água potável em locais afetados pela falta de chuvas. Pelo menos um terço da população mundial – cerca de 2,4 bilhões de pessoas – ainda não consome água tratada, segundo relatório da Unicef e da World Health Organization (WHO) divulgado em junho.
O arquiteto e designer italiano Arturo Vittori criou uma espécie de torre de cerca de 10 metros de altura que coleta água adequada para beber a partir do ar. Batizado de WarkaWater, o projeto foi concebido para comunidades rurais em áreas da Etiópia, na África, que sofrem com a falta de água limpa.
Segundo o site oficial do projeto, do Architecture and Vision, a torre pesa em torno de 90 quilos e possui cinco módulos que podem ser construídos pelos próprios moradores das comunidades beneficiadas.
A torre pode ser montada em qualquer local sem a necessidade de usar equipamentos elétricos ou andaimes. A estrutura, explica o escritório de Vittori, é feita de materiais recicláveis e biodegradáveis.
A torre tem capacidade para coletar cerca de 100 litros de água potável por dia por meio de um tecido especial que fica no interior da torre. Cada unidade custa US$ 500.
De acordo com o escritório de Vittori, Architecture and Vision, o formato de cone melhora a estabilidade e otimiza o transporte e armazenamento da torre. A estrutura em formato de “coroa” sobre a torre foi projetada para espantar pássaros e manter a água protegida destes animais.
Acesso a água potável no planeta
O último relatório da Unicef mostrou que o acesso à água potável no planeta avançou em vários países nas últimas décadas, mas a falta de progresso nos serviços de saneamento básico ameaça minar os avanços obtidos.
Cerca de 2,6 milhões de pessoas passaram a acessar o recurso desde 1990, e 91% da população mundial já viu melhorias na qualidade de água que consomem para beber – e esse número continua crescendo.
Fonte: G1