Sim, a possibilidade do Brasil ser atingido por uma bomba nuclear é remota, entretanto, a possibilidade de uma guerra mundial envolvendo artefatos nucleares não é tão remota assim e as conseqüências desse conflito poderia causar o fim do mundo como o conhecemos a situação mais extrema para a qual os sobrevivencialistas se preparam.
Os arsenais nucleares da guerra fria jamais foram eliminados e a quantidade de países capazes de produzir uma ogiva nuclear continua aumentando, nações instáveis como Paquistão e Coréia do Norte possuem a tecnologia e não seria absurdo imaginar que grupos terroristas possam se apoderar de uma ogiva ou que o Irã, caso consiga desenvolver sua própria usina nuclear, crie uma bomba e a use imediatamente contra Israel, iniciando assim um novo conflito mundial de grandes proporções.
Elucubrações de como o conflito se daria são pouco importantes, o fundamental é ter em mente as medidas a serem tomadas caso ele ocorra. Da mesma forma que aqueles que se preparam para escalar o Everest conseguem subir montanhas menores com facilidade, aqueles que estão preparados para o fim possuem muito mais chances de sobreviver a crises de menor intensidade, nisso reside a importância de se estudar as mudanças e ameaças que ocorreriam em um evento dessa magnitude.
Em uma situação de colapso total da civilização todas as conveniências do sistema atual estariam indisponíveis, a guerra traria uma gigantesca crise econômica e conseqüentemente o dinheiro perderia rapidamente o seu valor, sem dinheiro haveria escassez de combustíveis e energia, interrompendo a importação de bens e a produção industrial, gerando desabastecimento de alimentos e produtos básicos para sobrevivência. Sem energia e alimentos nos supermercados pouquíssimas pessoas conseguiriam sobreviver, então o caos social se instalaria por completo, não haveria exército, polícia ou hospitais para assegurar a vida de ninguém. Em uma situação como esta cada um contaria apenas com suas próprias habilidades.
Cientes desta possibilidade, os sobrevivencialistas se organizam para se prevenirem das ameaças, cuidando com antecedência de todos os preparativos para manterem-se vivos e saudáveis. Para sobreviver ao fim precisamos de um refúgio afastado dos grandes centros urbanos com água potável, energeticamente independente (energia solar, eólica ou micro-hidrelétrica), que possua terras agricultáveis e abrigo para pessoas, objetos, alimentos, medicamentos e armas em grande quantidade. Além dos materiais é fundamental adquirir conhecimento e desenvolver habilidades para sobreviver como noções de agricultura, medicina, tiro, construção e tudo mais que seja necessário para manter-se vivo.
Quem se prepara para todos estes problemas está preparado para a a maioria das situações de crise, não espere que as coisas aconteçam para tomar uma atitude.
A preparação pode ser muito divertida também, muitas dessas atividades podem se tornar um hobby ou esporte, o seu refúgio pode ser sua casa de campo, aprender novas habilidades sempre é algo que além de ser muito agradável expande nossos horizontes e nos torna melhores como pessoa. Comece a agir já e não se esqueça do antigo ditado:
É melhor prevenir que remediar.