Uma terrível doença que “devora a carne humana” já infectou centenas de pessoas nos territórios controlados pelo ISIS na Síria e se alastrou por outros países — espalhando o medo de algo similar ao Ebola.
Doença que devora carne humana, “espalhada pelo ISIS”, agora está infectando outros países Uma terrível doença que “devora a carne humana” já infectou centenas de pessoas nos territórios controlados pelo ISIS na Síria e se alastrou por outros países — espalhando o medo de algo similar ao Ebola.
A Leishmaniose cutânea é uma infecção da pele, causada por um parasita que produz lesões e graves cicatrizes — geralmente nos rostos das pessoas — e é transmitida por insetos de areia infectados.
A Leishmaniose cutânea é endêmica na Síria e já foi conhecida como o “diabo de Aleppo” — mas agora, ela já cruzou a fronteira e está se espalhando pela região.
Peter Hotez, Reitor da Escola Nacional de Medicina Tropical dos EUA afirmou: “Estamos vendo muitas doenças nessas zonas de conflito, incluindo a leishmaniose, e precisamos impedir que elas avancem, do contrário, corremos o risco de outra situação como a do Ebola em zonas de conflito da África Ocidental em 2014.”
A organização humanitária Kurdish Red Crescent declarou que a doença havia se espalhado, devido ao hábito que os combatentes do ISIS têm de deixar os cadáveres nas ruas — mas agora, acredita-se que ela se alastrou devido à falta de serviços médicos no território controlado pelo ISIS.
O Dr. Waleed Al-Salem, da Escola de Medicina Tropical de Liverpool, disse: “É uma situação muito ruim. A doença se espalhou de forma dramática na Síria, mas também atingiu países como Iraque, Líbano, Turquia e até mesmo o sul da Europa, com a chegada dos refugiados.”
“Há milhares de casos na região, mas seu número ainda é subestimado, porque ninguém pode contar o número exato de pessoas afetadas.”
“Quando as pessoas são picadas pelos insetos transmissores — que são pequenos e bem menores que um mosquito — elas levam um período de dois a seis meses para desenvolver a infecção.”
“Então um indivíduo pode ter pego a doença na Síria, mas depois ter fugido para o Líbano ou para a Turquia, ou até mesmo para a Europa, em busca de refúgio.”