A história do sobrevivencialismo começa nos anos 50 durante a guerra fria, quando os governos dos E.U.A. e da Grã-Bretanha iniciaram seus programas de defesa civil para preparar a população para um eventual ataque nuclear soviético construindo abrigos e treinando crianças e voluntários para executar procedimentos de emergência.
Nas décadas seguintes os sobrevivencialistas detectaram a crescente vulnerabilidade dos grandes centros urbanos e passaram a concentrar seus esforços para se protegerem de falhas no sistema, nesse período grupos de orientação política majoritariamente Libertária e Conservadora começaram a discutir a criação de Refúgios Sobrevivencialistas, que seriam independentes do sistema de abastecimento das cidades e o mais auto-suficiente possível.
A ideia foi inicialmente divulgada em publicações libertárias de pequena circulação e com o tempo conquistou grupos religiosos, mas somente nos anos 70 com a crise do petróleo e publicação de livros sobrevivencialistas, o conceito se tornou popular, e com essa popularização começou-se a criar um estereótipo negativo dos sobrevivencialistas na mídia norte-americana, retratando-os como supremacistas e fanáticos religiosos que estocam comida e armas em alguma fazenda esperando o fim do mundo.
Apesar de grupos dessa natureza terem sido pioneiros e divulgadores da ideia, atualmente a sociedade norte-americana de modo geral reconhece a necessidade de se adotar medidas preventivas.
Com o tempo o conceito foi ampliado e um enorme mercado de produtos voltados aos sobrevivencialistas foi criado para atender grupos de matizes tão variados que fica difícil encaixá-los em algum estereótipo.
Atualmente apesar de existirem várias tendências diferentes dentro do universo sobrevivencialista, pode-se definir o sobrevivencialista como alguém que reconhece a fragilidade da civilização e a importância de se preparar para eventuais crises que possam ameaçar a sua existência.
Sendo assim, independentemente do estilo, todos eles:
- Buscam adquirir habilidades e equipamentos que garantam sua sobrevivência.
- Reconhecem a importância da preservação ambiental e dos direitos individuais.
- Não esperam que o Estado garanta sua existência e portanto buscam maior autonomia.
- Estão alertas ao que acontece no mundo para identificar ameaças e criar respostas eficientes.