Quando uma crise começar o centro populacional do Brasil irá explodir em violência, saques e total quebra da lei e ordem. Afirmação absurda? Pense melhor.
Se a polícia já têm trabalho para conter alguns milhares de manifestantes, imagine milhões de moradores lutando para conseguir um quilo de arroz para alimentar suas famílias… Incluindo os policiais que também têm famílias a proteger. Dependendo da intensidade da situação isso pode facilmente se tornar realidade, então é hora de refletirmos sobre o assunto.
Essa teoria já foi reforçada por inúmeros analistas de sobrevivência e defesa civil e faz completo sentido se você começar a considerar o que realmente acontece em um cenário de crise intenso.
Imagine que algum evento prejudique nosso fornecimento de energia. Saiba que o Brasil têm grande parte de sua energia canalizada por poucas linhas de transmissão, logo, se algo ocorresse em uma destas principais vias provavelmente muitos ficariam no escuro. Se este apagão não for facilmente reparável, inicia-se uma corrente de eventos:
Energia > Água > Distribuição de comida > Lei e ordem > Saques > Incêndios
- Caso nossa luz seja desligada os serviços vão aos poucos desligando, desde seu refrigerador ou alarme residencial até hospitais que ficarem sem combustível para os geradores;
- O sistema de bombeamento e tratamento de água encanada também para devido á falta de energia;
- A partir daí temos a paralisação do sistema de distribuição de comida, já que os caminhões ficariam parados em meio ao tráfego ou sem mercadoria pela falta de indústrias ativas;
- Com a população ficando com fome e percebendo que as coisas estão ruins vamos ao fim da lei e da ordem, pois aqueles que trabalham em áreas de segurança também começam a se preocupar com suas famílias e percebem que as manifestações e agitações sociais estão fora de controle;
- Logo em seguida, surgem os saques. A população desesperada por qualquer comida começa a recorrer à violência e lojas e casas são saqueadas;
- E por último, quando tudo está fora de controle, ninguém poderá apagar os incêndios que iniciarão e teremos bairros inteiros queimando até o alicerce.
Então onde é que devemos estar quando isso acontecer?
Para achar a resposta, basta analisarmos onde é que não devemos estar.
O último censo brasileiro aponta que grande parte da população está concentrada em pequenas áreas. Se você quer ter maior chance de sobreviver a uma catástrofe de grande abrangência, dê uma analisada com calma no mapa a seguir para ter uma referência visual de onde é preferível manter-se longe:
Fato é que nem todo mundo pode escolher mudar de cidade de repente. Se você vive em um desses centros urbanos grandes, terá de pensar em formas de sair dele o mais rápido possível quando sentir que a @$#! vai atingir o ventilador. Claro que isso não é nem um pouco simples, afinal, as saídas principais já ficam congestionadas em finais de semana e tempos de férias… Imagine em uma situação onde todos queiram fugir da cidade. Procure por rotas secundárias, pouco conhecidas e que você já conheça bem. Pratique sair por estas rotas em horários de congestionamento para sentir como será.
Se acha que é improvável que as pessoas decidam fugir em massa dessa forma, pense melhor. Durante o furacão Rita que atingiu os EUA anos atrás, todas as maiores auto estradas ficaram travadas por centenas de quilômetros. Se aqui no Brasil podemos ficar um dia inteiro travado em congestionamento em situações normais, imagine em cenários de catástrofe.
Se você é daqueles sortudos que podem procurar por uma propriedade afastada destes centros e que ainda assim estejam ao alcance da tecnologia, pense em manter sua propriedade no mínimo de 10 a 15 quilômetros longe de qualquer auto estrada ou rodovia. Este é o alcance relativamente seguro para manter longe os que queiram sair do congestionamento e se aventurar em estradas vicinais procurando por água e comida.
Se você não tem qualquer outra alternativa a não ser permanecer na cidade, considere estratégias que possam lhe manter de forma sustentável na cidade mesmo em tempos de pânico. Não será fácil mas é possível, mais à frente conversaremos sobre o tema.